top of page

Guia das estreias mais esperadas da temporada de moda Setembro/Outubro 2025

  • Foto do escritor: Duda Praes
    Duda Praes
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura

A temporada de moda de setembro/outubro de 2025 promete ser histórica. Com uma dança das cadeiras nas diretorias criativas das grandes maisons, o que veremos nas passarelas vai muito além das coleções, é sobre reposicionamento, legado e novas narrativas. A seguir, reuni as estreias mais aguardadas que estão movimentando o calendário fashion e transformando o cenário de Paris, Milão e além.


Jonathan Anderson estreia na Dior feminina

Depois de consolidar sua visão na Loewe e em sua marca homônima, Jonathan Anderson assume um dos cargos mais icônicos da moda: a linha feminina da Dior. Conhecido por sua habilidade em unir inovação e herança artesanal, sua estreia promete uma reinterpretação ousada da feminilidade clássica da maison. Olhos atentos para como ele trabalhará o legado de Christian Dior à luz de sua estética avant-garde.



Matthieu Blazy assume a Chanel

O ex-Bottega Veneta e queridinho da crítica, Matthieu Blazy, agora está à frente da Chanel. A expectativa é altíssima: como ele vai lidar com os códigos quase sagrados da maison — o tweed, as pérolas, o preto e branco — ao mesmo tempo em que injeta sua modernidade sutil e técnica impecável de alfaiataria? Um dos desfiles mais aguardados da temporada parisiense.



Pierpaolo Piccioli na Balenciaga

O comeback da Balenciaga! Após deixar a Valentino, Pierpaolo Piccioli assume a Balenciaga em um movimento surpreendente. Conhecido por sua poesia visual e por um romantismo contemporâneo, ele entra em choque direto com o legado recente de Demna. A pergunta que paira no ar: qual será o novo rosto da Balenciaga sob Piccioli? Mais couture, menos street? Um novo capítulo começa.



Demna migra para a Gucci

E por falar em Demna, o estilista que redefiniu a estética da Balenciaga nos últimos anos agora está à frente da Gucci. A casa italiana, que vem buscando retomar sua relevância e ousadia, encontra em Demna uma força provocativa. Espera-se uma Gucci mais crua, irônica e com aquele olhar ácido sobre cultura pop e consumismo que é a marca registrada do designer. RIP Gucci?



Dario Vitale estreia na Versace

O nome menos conhecido do grande público, mas já bem comentado nos bastidores da moda italiana, Dario Vitale estreia na direção criativa da Versace. Jovem, afiado e com uma abordagem sensual repaginada, ele promete trazer frescor à marca enquanto preserva seu DNA maximalista. A expectativa é de uma Versace mais refinada, porém ainda vibrante e provocadora.

Antes da Versace, Dario teve uma longa e sólida passagem pela Miu Miu, onde atuou como diretor de design de prêt-à-porter e diretor de imagem da marca. Durante sua gestão, a Miu Miu viveu um momento de ascensão notável. Em 2024, as vendas cresceram 93%, consolidando a marca como uma das mais influentes da temporada.

Curiosidade pessoal: Dario é ex-aluno do Istituto Marangoni, minha fashion school também, o que torna essa estreia ainda mais especial de acompanhar!



Louise Trotter estreia na Bottega Veneta

A britânica Louise Trotter, ex-Lacoste e conhecida por seu minimalismo inteligente, é quem sucede Matthieu Blazy na Bottega Veneta. A expectativa é de uma estética mais limpa, porém sofisticada, com foco em alfaiataria, texturas e funcionalidade — alinhada ao luxo silencioso que define a nova era do consumo de moda.



Jack McCollough e Lazaro Hernandez (Proenza Schouler) na Loewe

Em mais uma jogada surpreendente, a dupla por trás da Proenza Schouler assume a direção criativa da Loewe. Após a saída de Anderson, a Loewe entra em um novo capítulo, com os designers nova-iorquinos trazendo sua visão cool e urbana, misturada à herança artesanal espanhola da marca. Uma fusão de hemisférios — geográficos e criativos.



Duran Lantink na Jean Paul Gaultier

Um dos nomes mais promissores da moda experimental, o holandês Duran Lantink assume a direção da Jean Paul Gaultier. Conhecido por seu trabalho sustentável, de reconstrução e upcycling, ele traz frescor e inovação para uma marca que sempre desafiou convenções. Sua estreia deve ser um manifesto visual — e político.



O que essa temporada representa?

Com tantas mudanças em casas tradicionais, a temporada de setembro/outubro de 2025 vai além das roupas — ela marca uma virada geracional, estética e estratégica na indústria da moda. A disputa entre o passado e o futuro, entre tradição e subversão, promete criar um dos momentos mais emocionantes dos últimos anos.


Confesso que, entre todas essas estreias, a que mais estou ansiosa para ver é a do Pierpaolo Piccioli na Balenciaga. Tenho a sensação de que ele pode — finalmente — reviver a verdadeira essência da maison, aquela elegância arquitetônica e emocional que andava meio ofuscada nos últimos anos. Na minha opinião, essa identidade quase desapareceu sob a liderança de Demna, e ver Pierpaolo resgatar esse legado com sua sensibilidade pode ser o grande acontecimento da temporada.


Mal posso esperar para ver como tudo isso vai se desenrolar nas passarelas. Preparem-se para uma temporada que vai entrar para a história!


Curtiu esse post? Compartilha com uma amiga!

Xoxo, Duda

Comments


bottom of page